Do mar


Passo a vida a contemplar o mar, que bonito que é, que imensidão de  beleza que me acalma e me afaga a alma.
Raramente me dou conta da vista que o mar tem e que privilégio que é ter uma vista assim.
Um privilegio de uma vista mundana, de gentes, de uma beleza rude, uma beleza imensa e bonita de se ver do mar.

Um destes dias, não sei precisar qual, dei comigo de costas para o mar a ver com olhos de ver o que vê o mar. (De costas com cautela pois o mar do Aivados não está para brincadeiras e o respeitinho e muito bonito).

Via uma praia sublime, areia branca, pedras atiradas pelo mar umas contra as outras numa harmonia que lhe confere uma beleza estonteante, dunas cavadas pelo mar, uma praia como praticamente não conheço outra.
Ao longe Porto Covo.
Porto Covo e a Ilha do Pessegueiro trazem-me boas recordações. Quanto mais não seja pela música do Rui Veloso que vou cantarolando sempre que avisto aqueles lados!

Os meus filhos e os filhos dos outros faziam castelos e brincadeiras na areia, outros desciam as dunas com pranchas como se estivessem a surfar uma onda do McNamara na Nazaré (tenho para mim que aquilo e perigoso, que uma pedra escondida na areia pode provocar um estrago valente, mas quando vejo os pais eufóricos a fotografar o momento ou os pais a dar o exemplo “surfando” a duna histéricos de felicidade como se fossem crianças a quem foi roubada a infância, penso que se calhar sou eu q sou esquisitoide...ou entao não..) outros corriam, outros saltavam outros andavam simplesmente por ali.
Todos a viver o dia de praia - quase - como se fosse o último.
O mar esse continuava ali, a olhar para nós e a olhar por nós.
Adoro o mar. Adoro a praia. Adoro o sol.
Já tinha dito?!

Um beijo
M.

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