amor de mãe vem cá do fundo e não se explica... sente-se!
Resolveu partilhar
comigo que às vezes se sente um bocadinho triste e que gostava de voltar a ser bebé para lhe darmos
colo a toda a hora.
O João tem 6 anos,
está na escola primária e numa escola cujo nível de exigência é acima da média
(apesar de não ser exagerado, sublinho). É um miúdo bem resolvido, de bem com a
vida, não é complicado, apesar de ter uma ou outra pancada que faz parte do
pacote.
Está numa fase de
mudança.
Deixou a brincadeira a toda a hora para se dedicar também ao estudo, já tem
pelinhos nas pernas (vibra com isto!), tem 1001 dúvidas existenciais e um irmão
de ano e meio que lhe dá cabo da cabeça.
Deixou de me cravar o tão adorado colo de que fala agora, e passei eu a pedir-lhe mais beijinhos e mais abraços (que tanta falta me fazem!).
Quando o Duarte nasceu, achei que a diferença de idade era ideal porque o João já era mais autónomo e isso dava-me uma grande ajuda nas tarefas do dia-a-dia, no entanto, rapidamente percebi que apesar do jeitão que dá (e dá mesmo!) é preciso ter cuidado com os exageros, dosear a atenção é imperativo, e acima de tudo fazer programas só de mãe e filho ou pai e filho é importante.
Quando o Duarte nasceu, achei que a diferença de idade era ideal porque o João já era mais autónomo e isso dava-me uma grande ajuda nas tarefas do dia-a-dia, no entanto, rapidamente percebi que apesar do jeitão que dá (e dá mesmo!) é preciso ter cuidado com os exageros, dosear a atenção é imperativo, e acima de tudo fazer programas só de mãe e filho ou pai e filho é importante.
Esta coisa de andarmos
sempre todos juntos para todo o lado é muito bonita, mas há coisas que se
perdem.
Ele diz que sou a sua melhor amiga.
Não quero de todo ser "só" a sua melhor amiga (sou mãe em primeiro lugar) mas gosto
quando me confia os seus segredos e me pede para não contar ao pai (por vergonha e confesso que acho uma certa graça!)
Geralmente isto
acontece quando estamos sozinhos.
Ele enrosca-se em mim com aquele ar matreiro e ao mesmo tempo inocente, num misto de excitação e vergonha, e lá me conta os seus stresses com a namorada Rita ou com o amigo G., ou as questões que o atormentam (como a "como é que nascem os bebés") e afins.
Esta sensação e esta partilha de emoções é absolutamente impagável e só uma mãe consegue sentir isto.
Esta sensação e esta partilha de emoções é absolutamente impagável e só uma mãe consegue sentir isto.
Amor de mãe vem mesmo cá do fundo e não se explica. Sente-se.
Um beijo
M.
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