Tirei - parcial e assumidamente - férias de uma das "M´s" que vive colada a mim...

Estou de férias. Sim! Estou de férias!

Assumo que tirei férias porque estava prestes a cair para o lado, assumo que estava num estado de stress medonho e que inclusivamente já tinha medo de olhar para a minha sombra e de a ver tombar antes de mim.

Decidi que esta semana iria, mesmo que parcialmente, tirar férias de uma das "M´s" que vive colada a mim.

Eu (e as mães em geral) somos 3 em 1. Não acreditam? Então vejamos!
Nasci Mulher! Há (quase) 9 anos tornei-me Mulher do N. (ou esposa como preferirem) e há (quase) 7 tornei-me Mãe do João (e posteriormente Mãe do Duarte).

Pois bem...
Sempre fui muito dona do meu nariz (grande por sinal), sempre fiz, dentro dos limites do razoável, aquilo que quis, sempre orientei bem o meu tempo e tinha tempo de sobra para tudo e mais alguma coisa.
Pois que agora, parece que o tempo diminuiu e os dias deviam ter no mínimo mais 5 ou 6 horas. 
Já me chegava.

Sou pessoa de ligar pouco a estas coisas, mas sinto que nestes dias em que as mães estão de férias e deixam os filhos na escola, existem umas vozes reprovadoras como que a dizer:
- olha-me esta que está de férias e deixa os miúdos na escola e vai à praia...
- olha-me esta desnaturada que deixa os filhos na escola e anda nas compras, na dondoquice, nas esplanadas e a ler livros!! Onde já se viu isto?!?
- Olha-me esta que está de férias, deixa os filhos na escola e vai para casa dormir...

Pois que sim senhores!
Tenho feito tudo isto e curioso que desta vez sem me sentir bipolar e uma péssima mãe por deixar os meus filhos na escola à mesma hora de sempre e ir buscá-los apenas e só, ligeiramente mais cedo.

A maior utopia da maternidade são as férias e descanso.
As mães também precisam de férias porque na maioria dos casos, as mães tiram férias para os filhos tirarem férias! Esta é a grande verdade!

Gosto de despir a pele de Mãe nem que seja por umas horas.
Não me faz sentir livre ou coisa que o valha, mas faz-me voltar somente a ser mulher e pensar nas coisas com maior tranquilidade.
Ir à praia sozinha por umas horas foi libertador.
Apreciei a praia de uma forma diferente.
Tão diferente que até dei por mim a constatar que o velhote no chapéu ao lado estava vigorosamente a fotografar os rabos das miúdas que passavam enquanto a "sua" senhora roncava deitada na toalha ao seu lado.
Mais de 50 anos de casamento (seguramente), e o senhor doido com os rabos que passavam.
Confesso que me ri às gargalhadas, mas fiquei de olho não fosse o senhor ter um enfarte com tanta emoção.
Depois disto, lá voltei ao livro que adoptei esta semana.


É só rir!!!
Este livro é o máximo! Estou a adorar!

A ver se descanso nos dias que restam, porque à velocidade com que a minha (in) sanidade mental começa a dar sinais... vão por mim... qualquer dia apanham-me a correr.

Um beijo
M. 

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