Rapazes ou raparigas? Acho mesmo que só muda a cor!
Fotografia | Isabel Saldanha Fotografia |
Ser mãe de rapazes - dos meus rapazes - é derreter-me com cada um deles.
É amar cada pedaço deles, é ficar embevecida
a olhar para eles enquanto adormecem. É sorrir. Apenas, sorrir enquanto dormem.
Ser mãe dos meus rapazes é saber de cor cada
lugar deles. É saber que hoje têm um sinal que não tinham ontem, que
comeram peixe ao almoço porque transpiram e o cabelo deixa transparecer, é
conhecê-los de trás para a frente, é conhecer-lhes o choro, é
conhecer-lhes os poros, é amparar-lhes os passos.
Ser mãe é distinguir a cria de olhos
fechados. É distinguir a cria pelo cheiro. É conhecê-los pelo tacto.
Ser mãe é acordar com um suspiro
deles e quando um filho está doente, passar a noite de vigia (não vá
a febre subir de repente) e fechar apenas os olhos para os descansar.
Ser mãe dos meus rapazes é saber de cor
e salteado as personagens dos Manos Krats e dos Invizimals, é saber
as músicas do Jake e os Piratas da Terra do Nunca e do Ruca e não ter vergonha
de as cantar com eles alto e bom som. É pedir que se jogue à bola “apenas"
no corredor, e ter sempre todas as almofadas da sala no chão a fazer de
"forte" para o Invizimal Tigershark vs o Invizimal Darck
Icelion.
Ser mãe é acordar – quase - todos os dias com
miminhos e beijinhos doces e ter a certeza que cada dia é a prova viva de um
trabalho árduo, mas bem feito.
Ser mãe de rapazes é ficar excitadíssima
quando uma amiga tem uma menina para comprar coisas fofinhas!
Ter rapazes é constatar que têm
praticamente todas as calças com buracos nos joelho e chegar a qualquer
loja de criança e ter um cantinho de roupa para os rapazes e o resto
da loja para rapariga.
Rapazes em casa é sinónimo de tampa da sanita
para cima e ser atacada por um ninja em voo picado sempre que me
baixo para apanhar alguma coisa do chão.
Ser mãe dos meus rapazes é ter dois
defensores acérrimos, ciumentos que só visto, que elevam ao expoente
máximo a teoria freudiana com o seu complexo de Édipo.
Ser mãe é ter esperança, é viver com a
expectactiva no amanhã que há-de ser melhor, é pedir por eles, sofrer com eles,
é acarinhá-los na doença, abraçá-los na alegria e dar-lhes bases para serem
adultos bonitos e de bom coração. O resto, vem!
Ser mãe de rapazes é,
seguramente, tão bom quanto ser mãe de raparigas...
Acho mesmo que só muda a cor!
Um beijo
M.
Post adaptado, escrito e partilhado aqui a 18.12.2014
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