Dia da M



Fotografia | por Sílvia Mota Coutinho @affectusphotography

Não gosto particularmente do dia, mas entendo que, infelizmente, ainda faz sentido fazer dele uma “Bandeira”.
A verdade é que todos devemos ter as mesmas oportunidades e, apesar de eu nunca ter sentido isso de forma abusiva ou ofensiva, esta distinção ainda existe e é horrível.
Hoje ouvimos mensagens de todas as frentes!
Dos teóricos, dos práticos, dos Influenciadores digitais, dos mais velhos, dos mais novos, dos políticos, dos correctos, dos incorrectos que querem mostrar que são correctos só porque é dia da Mulher e fica bem e cada vez mais o “ficar bem” me irrita. Solenemente.
Sou Mulher. Sou Mãe. Sou Profissional. Está é a ordem que quero na minha vida. Mas por vezes a ordem invertesse e entro no papel de profissional à frente do papel de mãe e não sou nem melhor nem pior por isso.
Tenho dois filhos homens e tenho orgulho que eles vejam na Mãe a polivalência, a responsabilidade, a loucura, o amor por eles, o amor pelo trabalho, a independência profissional e financeira.
Sou a mulher que vai de Lisboa a Braga para uma reunião e volta no mesmo dia para levar os filhos ao treino de Rugby, mas também sou a Mãe que já faltou ao dia dos Pais na escola e teve que explicar ao filho que “aquela” ausência era importante para a sua realização profissional como mulher!
Sou a mulher que faz aulas de Surf com os filhos, que alinha em tudo o que são programas de "Progenitora e Cria", mas é uma mãe sem paciência no estudo da matemática e que alinha sempre é no estudo do português.
Isto não faz de mim nem melhor  nem pior Mulher, mãe e profissional.
Gosto do exemplo que os meus filhos têm em casa.
Uma mãe e um pai que dividem tarefas sem diferenças.
Filhos que ajudam em casa porque se as tarefas forem partilhadas, a vida é mais leve e mais bonita para todos.
E assim é que tem que ser. Sempre.
Feliz Dia da Mulher. Todos os dias.
Um beijo
Rita

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