1 ano de saudade

Um ano de saudade, um ano de ausência, um ano de tanta coisa que vivemos e que não estavas cá fisicamente para acompanhar, ver, sentir e partilhar connosco.
Partiste assim, sem mais nem menos, num sopro do vento sem nos dar margem para respirar fundo.

Como neta mais próxima, preferida (ou seja lá o que for) sinto-me no direito de te pedir que olhes por nós, pelos meus filhos, que os acompanhes estejas onde estiveres, que os ampares e lhes mostres a luz que ilumina o seu caminho.
Que consigas agora descansar da melhor forma possível e na companhia dos que tanta falta te faziam por cá.
Viveste o que Deus quis, e levaste contigo a "barriga" cheia de vida, de diversão (e também muito sofrimento), de gostos e desgostos, de quatro filhos, 5 netos, de dois bisnetos que eram a luz dos teus olhos já cansados.
Senti desde o primeiro momento em que conheceste o "J. Pequeno"(como carinhosamente lhe chamavas) que vias nele o reflexo do tempo que não parou, o reflexo de um filho que perdeste, a continuidade da família B. que tanto orgulho te dava.
Tanta gente que ainda hoje não sabe o nome do D. e tu nunca te esqueceste. Nunca me perguntaste duas vezes o nome dele. Sempre soubeste que era o D. e eu sei bem porquê!
Tenho pena que ele não se lembre de ti quando crescer, mas estou certa que o J. o vai ajudar porque esse, recorda-te quase todos os dias...
O J. diz que em casa do avô Fernando havia sempre coisas boas. Havia sempre chocolates, rebuçados e bolas novas, que é como quem diz, que havia amor, amizade e partilha e isso é a melhor coisa que se pode levar desta vida.
Eras contido nas emoções, não demonstravas afecto assim às primeiras, mas sei bem o quanto te orgulhavas do que construiste.
Sentimos todos - cada um à sua maneira - a tua falta.
Serás sempre recordado como o Beja divertido, bem disposto, sempre pronto a pregar partidas, amigo do seu amigo, algo rancoroso e de pouco apego, mas um Homem com H grande!

Um beijo Avô
A tua neta (preferida!)
Rita






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