Nini, Rodrigo... o Chef Rodrigo Castelo!

Fotografia | Facebook - Rodrigo Castelo


Sabem aquela sensação de orgulho que nos invade quando alguém de quem gostamos muito é bem sucedido, acaba o curso, passa no exame de condução, casa, tem um filho, é feliz? Sabem?
Pois... é exatamente este o sentimento que tenho pelo Rodrigo.
 Posso-me gabar de o tratar por Rodrigo, por Nini, por meu amigo.
Conheço o Chef Rodrigo Castelo desde sempre. Os nossos pais amigos desde sempre. Os nossos avós idem.
Ribatejanos de gema, nascidos na bela cidade de Santarém, em 1980. Eu Rita ele Rodrigo.
Entrámos na escola no mesmo ano. Ficámos na mesma turma na 1ª Classe. Tivemos o melhor professor de Escola Primária que podíamos ter tido, ficámos sentados lado a lado; não fosse eu Rita e ele Rodrigo.
Das melhores recordações que tenho do Rodrigo é a beleza, o seu sorriso, cabelo loiro caramelo, louco por toiros, louco pelo Benfica, louco por futebol um pequeno terror para as raparigas, simpático, empático e um furacão de emoções.
Todos os dias eu me balançava na cadeira e todos os dias ele me dava um toque de cotovelo e eu caía para trás. Todos os dias, ouvia a sua gargalhada fácil que contagiava os 28 que nos rodeavam. Eu ficava furiosa porque ele me via as cuecas, e ela ria perdidamente! O nosso professor era exemplar. Nunca nos separou. Achou sempre que ia dar uma bela amizade!
Veio a preparatória e o secundário.
Acompanhei de perto os namoros, as paixões,  dançámos o jogo da vassoura, fumámos os primeiros cigarros “Surf” às escondidas no campo dos Leões, nunca namorámos (fui das poucas miúdas!), assisti ao encanto pela Ana, o inicio do namoro com Ana, o amor pela Ana. Ligava-lhe todos os dias para casa nas férias... 28140 era o seu número. Tenho, até hoje, os desenhos que me fazia de pegas e de forcados guardados na caixa das memórias.
Depois a vida separou-nos. Ele foi estudar para fora. Eu vim para Lisboa. 
Outro período aconteceu na sua vida em que nunca o larguei da mão. Ele sabe qual é...
Passaram muitos anos. Eu casei. Ele casou. Vieram os filhos. 
Uma vez encontrámo-nos por acaso em Lisboa. 
Nesse dia o Rodrigo disse-me que ía embarcar numa aventura...  Ía abrir um restaurante em Santarém e largar a vida que tinha e que não o preenchia. 
Lembro-me de pensar que era preciso coragem e de logo ter sentido que ía correr bem!
 Hoje o Rodrigo é um Chef de Cozinha em ascensão. Um rapaz humilde que nunca se deixou levar pela fama. Amigo do seu amigo. Um rapaz que cresceu e enriqueceu a alma fazendo o que realmente o apaixona. Um amigo que me orgulha a cada conquista, a cada prémio, a cada feito novo.
Taberna ao Balcão em Santarém é um restaurante de referência e de passagem obrigatória e mais recentemente O Mariscador em Lisboa um local a conhecer! 
Conceitos diferentes. A mesma mão. A mesma paixão.

Querido Rodrigo,
Que mantenhas sempre a essência. Que nunca te esqueças que o sonho comanda a vida e que a vida será sempre generosa para quem a trata bem!
Gosto de ti. Da tua família. Do teu sucesso.
Serás sempre o meu amigo Nini!
 Aquele que me emprestava o casaco no Inverno gélido da nossa terra porque eu tinha sempre frio. Aquele que me virava ao contrário para me mostrar que eu era a mesma pessoa mesmo de pernas para o ar, que me aturava os dramas (e eram tantos na adolescência), que me gamava o canhão da mota só me para ver irritada, que me guardava os cigarros quando eu ia para o treinos de trampolins, que me levava a pé a casa e voltava para a sua, que me dava o ombro, que me dizia as verdades, que me sorria com os olhos, que me pedia conselhos, que me dava os melhores. 
Aquele amigo que será o meu para a vida toda. Aquele amigo que me orgulha e me emociona a cada dia que passa. 
Mesmo de longe, estarei sempre aqui a aplaudir-te!
Gosto de ti, miúdo!
Um beijo

Rita M.

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