Nome de código: Mudar a rota e ser feliz!
Sou daquelas pessoas que, quando recebe uma
notícia menos boa, tem que desabar.
Preciso ir lá abaixo, preciso chorar, preciso
estar sozinha uma horas, arrumar ideias, por uns pensos rápidos no coração e
seguir em frente.
A partir do momento em que volto à tona,
dificilmente volto a deixar-me cair. Sempre fui assim!
Ontem foi um desses dias...
Um dia em que, apesar de eu já saber, tive a
confirmação que virão dias encobertos em que o sol apenas espreitará tímido.
Não sou pessoa de desistir de nada na vida.
Nunca desisti. Às vezes, apenas aparento ter desistido, mas a verdade é que
estou cansada e de estar sempre de mangas arregaçadas.
Apetecia-me descansar um bocadinho…mas pelos
filhos viramos o mundo ao contrário!
Ontem dei por mim a pensar na dificuldade que
é ser mãe (e pai, naturalmente). Nos desafios que a vida nos coloca, nas
adversidades que se atravessam. Dei por mim a constatar com os meus botões que
educar é uma das tarefas mais difíceis da nossa vida.
Educar um filho requer habilidade,
persistência, muita paciência e doses industriais de amor e compreensão.
Isto parece linear? Não é!!!
Planeamos um filho: "nasce lindo, cresce
saudável, será um bom aluno, bem educado, uma criança sociável, um jovem
atinado e um adulto com valores".
É isto que todos queremos!! Isto!! Mas a
verdade é que nem sempre assim é e, pelos filhos, pelo bem dos nosso filhos,
anulamos decisões para a nossa vida, anulamo-nos como pessoas porque eles são a
principal prioridade das nossas vidas e nem tudo é como planeamos nos sonhos.
Os filhos não são extensões dos nossos
sonhos! Os filhos são seres autónomos que têm personalidade, opinião e poder de
decisão e nós, temos que ter a capacidade de mudar a rota. Mudar a rota e ser
feliz!
A nós, pais, cabe-nos a difícil tarefa de
orientar. E será que orientamos no caminho certo? Será? Será que as bases que
lhes damos são aquelas que, efectivamente, eles precisam? Será que a bússola
que definimos à partida é aquela que melhor se adapta à realidade?
Ontem o meu mundo desabou.
Hoje reergueu-se... Como sempre na minha
vida.
Caio, levanto-me, volto a cair e levanto-me
novamente.
Os meus filhos tiram-me anos de vida mas
caraças… vale tanto a pena!
O João há-de ser o Investigador que
ambiciona ser e o Duarte será o Artista Plástico que aparenta querer ser, mesmo
com todas as partidas e dificuldades que a vida lhe tem posto no caminho.
Só quero que eles sejam felizes.
O resto? O resto vem!
Um beijo no coração,
Rita
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