QUANDO A METADE DIZ MAIS QUE O TODO

 




Não consigo caracterizar este ano de forma educada.
Entrei consciente que seria um ano difícil e que este músculo chamado coração, ia bater descompassado ao som dos desafios.
Fiz 41 anos, nem me lembro de ter feito 40 e já estou próxima dos 42.
Passei por uma decisão importante que me fez perceber que pedir ajuda não é sinal de fragilidade, mas sim sinal de tenacidade e maturidade. Fiz a operação que há muito “chutava para canto”. Não correu como previsto, ainda estou em recuperação e vamos ver no que isto dá.
Em 2021 fiz nascer, com as minhas amigas de todos os “Bons dias” de todas as horas e de todos os segundos, o podcast @maelabaristas_podcast que me tirou da zona de conforto e meu deu as melhores gargalhadas e os melhores abraços (que sabem a casa) de 2021.
Este ano permitiu-me fazer uma seleção natural das pessoas que quero na minha vida e que valem mesmo a pena ter por perto.
Tive mais um ano desafiante profissionalmente que me deu a certeza que gerir pessoas é mais do que gerir expectativas, emoções e dar orientação: é uma gestão de egos.
Dei o que consegui, precisei muito de momentos de silêncio, ouvi muita música e com ela trabalhei, sonhei e validei decisões. Sorri menos do que devia, tive sempre os meus debaixo da asa, saí muito pouco de casa, tive umas férias óptimas mas, fora isto, foi um ano sem grande emoção.
Os meus filhos cresceram mais uns centímetros. Um virou adolescente e o outro tornou-se mais consciente quanto à sua condição. Continuam a amar-se e odiar-se em segundos e eu sinto cada vez mais que isto de ser mãe é um processo de auto conhecimento constante.
Este ano fomos ficando nas nossas bolhas, à espera que este mundo virado do avesso não se resignasse à sorte.
Mais um ano que nos levou tanto e nos deu a certeza a que vida é mais do que rotina tola, queixume desnecessário e dias que passam todos iguais.
2022: o ano 2.0 de reconciliação com o avesso do mundo.
Feliz Ano Novo!
Haja esperança ⭐️

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